quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ocde prevê crescimento brasileiro próximo de 3,5% em 2011 e 2012

OCDE prevê crescimento brasileiro próximo de 3,5% em 2011 e 2012

Estimativa está acima do esperado pelo Ministério da Fazenda.
OCDE também prevê mais inflação do que o governo brasileiro.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
Comente agora
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa 30 nações consideradas "industrializadas", divulgou nesta quarta-feira (26) as suas perspectivas para a economia brasileira e, também, sugestões sobre o que pode ser feito para estimular o desenvolvimento do país.
Por meio do boletim "Estudos Econômicos da OCDE - Brasil", a organização informou que estima uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,6% para este ano e de 3,5% para 2012. Segundo a OCDE, um ritmo de 4% ao ano de crescimento deve retornar somente em 2014 - último ano da gestão da presidente Dilma Rousseff.
Os números da organização constrastam com o otimismo demonstrado pela equipe do Ministério da Fazenda. Oficialmente, o Ministério ainda prevê um crescimento da ordem de 4% do PIB para 2011. Já admitiu, porém, que este número deve ser revisto para baixo em novembro. Para 2012, o governo ainda mantém, na proposta de orçamento, uma previsão de crescimento de 5%.
Banco Central e mercado financeiro
As previsões do Ministério da Fazenda não encontram respaldo dentro do próprio governo. O Banco Central, que recentemente baixou os juros para 11,5% ao ano, considerando que o ritmo de expansão da economia será menor por conta da crise financeira internacional, tem a expectativa de crescimento de 3,5% para este ano. A previsão do BC para 2012 ainda não foi divulgada.
No mercado financeiro, a estimativa também é de um crescimento menor em 2011 e 2012. O último relatório de mercado, que traz as previsões de mais de 80 analistas de bancos para indicadores econômicos, cuja coleta foi feita na semana passada, revela que a previsão de crescimento econômico para 2011 está em 3,3% e, para o ano que vem, em 3,5%.
Visão da OCDE
Para a OCDE, a demanda interna, estimulada por um "investimento vigoroso", deverá provavelmente continuar sustentando a atividade econômica, mas deverá se atenuar. Acrescentou que um crescimento "robusto" deverá ajudar o Brasil a convergir para o PIB per capita de outros países da OCDE e integrar o grupo de países de "rendimento alto".
"Para obter melhor desempenho econômico, será essencial favorecer o investimento produtivo. Notadamente, o desenvolvimento das infraestruturas proporciona oportunidades consideráveis de acelerar o crescimento e a redução da pobreza. As políticas sociais podem melhorar as competências e aumentar os ganhos de rendimento a longo prazo", avaliou a organização.
Desaceleração da economia e inflação
Em 2010, a economia brasileira acelerou e registrou um crescimento de 7,5% sobre o ano anterior - quando o Brasil sentiu os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. A expectativa de economistas para o crescimento econômico deste ano, e dos próximos, tem recuado desde que foi anunciado o rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela Standard & Poors - considerado o início da segunda fase da crise externa.
O termor é de que a desaceleração da economia brasileira, já captada por indicadores econômicos nos últimos meses, possa impactar o mercado de trabalho e, também, a arrecadação de impostos - que cresceu fortemente em 2011 por conta, também, do forte ritmo de expansão do ano anterior. Por outro lado, pode contribuir para impedir um crescimento maior da inflação no Brasil.
Apesar do processo de desaceleração em curso, a OCDE estima que a inflação, medida pelo IPCA, que serve de referência para o sistema de metas brasileiro, ficará acima do que estimam integrantes da equipe econômica. A OCDE prevê um IPCA de 6,5% para 2012 e de 6,2% para o próximo ano. O Ministério da Fazenda estima um IPCA de 5,8% para este ano, enquanto o BC prevê que a inflação fique em 6,4%. Para o próximo ano, o BC tem a expectativa de um IPCA ao redor de 5%.

Agencia de espacial Brasileira firma acordos de cooperação com a Nasa

Agência espacial brasileira firma acordos de cooperação com a Nasa

Charles Bolden, diretor da agência norte-americana, está no Brasil.
Assinatura ocorreu nas dependências do Inpe, em São José dos Campos.

Mário Barra Do G1, em São José dos Campos
Comente agora
As agências espaciais norte-americana (Nasa) e brasileira (AEB) firmaram nesta quinta-feira (27) dois acordos de cooperação para pesquisas sobre a camada de ozônio e o regime de chuvas no Terra. Os textos foram assinados nas dependências do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pelo astronauta e diretor da Nasa Charles Bolden e Marco Antonio Raupp, diretor da AEB.
O primeiro acordo prevê a cooperação entre os dois países no projeto Medidas Globais de Precipitação (GPM, em inglês), uma iniciativa dos norte-americanos com a agência espacial japonesa (Jaxa) para estudos sobre chuvas no planeta Terra. Já o segundo projeto entre as agências espaciais tem como objetivo estudar a camada de ozônio que reveste a Terra.
Os dados coletados pelo programa GPM ajudarão a estimar mudanças no clima e na temperatura terrestre. O Brasil vai realizar a checagem das informações coletadas pelo conjunto de satélites do programa, mas a expectativa dos brasileiros é a de tentar convencer os . A resposta para este pedido deverá sair no começo de 2012, segundo o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.
Além do desejo de poder produzir um satélite para integrar o programa GPM, o Inpe também sugeriu à Nasa o desenvolvimento do Observatório Global do Ecossistema Terrestre, um equipamento com tecnologia brasileira que poderia estudar a composição química do solo. Se aprovado, este instrumento seria produzido pelo Brasil e pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa.
Durante a visita ao Brasil, Bolden conheceu as instalações . No começo da tarde, o astronauta conversa com crianças e adolescentes do Vale do Paraíba. Entre elas, um grupo de alunos de uma escola municipal de Ubatuba que está construindo um pequeno satélite que será lançado em breve.
Marco Antonio Raupp (à esquerda) e Charles Bolden, da Nasa, assinam os acordos. (Foto: Mário Barra / G1)Marco Antonio Raupp (à esquerda) e Charles Bolden, da Nasa, assinam os acordos. (Foto: Mário Barra /

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

FUEGO AMIGO

Um soco no ar para pegar em mim mesmo!
 
Remontando minhas memórias e lembranças, lembro-me dos Meus pais que sempre me disseram que eu tinha que proteger meus irmãos mais novos, que eu era o mais velho, e, portanto a referência da família, o candomblé me ensina que os mais velhos merecem respeito, dedicação e devemos sempre ouvi-los.
A Bíblia, minha referência maior e minha bússola me ensina que devemos honrar os mais velhos para que tudo me vá bem e se prolonguem os meus dias na terra, e consequentemente eu tenha prosperidade. Poderia aqui ficar dias e dias explicitando sobre exemplos, formas e modelos de respeito, amor, fraternidade, honra aos mais antigos, experientes e, portanto merecedores de toda nossa atenção, ouvidos e respeito.
Até aí tudo bem e concordo com toda esta forma, jeito e ancestralidade. Porém não posso deixar de salientar, que os mais velhos e também os antigos, ás vezes também erram, pois os mesmos são humanos, e se erram devem como todos, serem repreendidos, exortados, ou até mesmo aconselhados. Quando não severamente advertidos, para o crescimento do todo.
Mais por que eu... um jovem Pastor e esperançoso quanto ás melhorias e avanços do povo negro, sobretudo da Juventude Negra. Escrevo estas mal traçadas linhas? Por um simples e único motivo, não podemos mais nos matar, nos agredir, nos degladiarmos como alguns de nós, insistimos nesta tão famosa e famigerada “autofagia”. Palavra que contumaz usamos  em nossos vocabulários, ações e por que não dizer métodos. Virou moda... a agressão, a torcida do contra nós, a vontade do dar errado mesmo! Se não vejamos,... há uma espécie de sentimento errôneo, de vitória retrograda e anacrônica quando da notícia da “reforma  Ministerial”. E da suposta saída da Ex.ª Ministra Luiza Bairros.me parece um equívoco, quando não um erro estas ações vistas na net, e nas demais redes sociais. O que queremos de fato? Festejar a saída da única Mulher negra do 1º escalão do Governo federal? Execrar uma Militante histórica e idônea? Ou mais uma vêz comprovarmos a tese do “ranço ancestral”,(tese de que devido a miscigenação de tribos e povos africanos vindos pra o Brasil de África para aqui serem escravizados, desencadeou um desentendimento eterno entre os irmãos e irmãs  negros e negras em tudo, política ,economia, moda, cultura, meios de produção, ou seja o famoso dividir para depois dominar.) implantado pelos brancos em nossas mentes para nos destruirmos. E por que não relembra-nos da tese de que não nos entendemos, e que somos vários grupos de um só ou meia dúzia de seis?
Acho que nós deveríamos pedir e festejar, fazer lobby mesmo,  muito mais forte mesmo, para as “secretarias de brancos”, ou “Ministérios de brancos” como alguns entendem. Fazenda, Saúde, Educação, Economia,Planejamento,Trabalho. Ninguém nem se mete, nem pleiteia, (aquinão !!!! Não  pode!) (Vocês já tem a Seppir Né não irmãos? Vamos pedir a saída destes. Vamos derrubar os brancos, estes sim merecem golpes, cartas, blogs, manifestações on-line, e tudo mais!! (sic...)(todos eles brancos, ou quase brancos) E a colocação imediata de mais negros e negras em locais estratégicos neste governo dito democrático que ajudamos a eleger. Brigar e ficar feliz por que a única, que nós temos, vai supostamente sair é no mínimo muito pequeno e sem graça. Para não dizer burrice. Prefiro pensar grande e buscar mais oportunidades, sinceramente.
Alguns vão dizer, que o  Ministério é “apagado”, que a “atuação é apagada”! Que isso, que aquilo, eu quero que alguém me diga qual destas chamadas “Secretarias de Negro” tem atuação espetacular, ou a contra gosto de muitos e do Curriculum vistoso e bem capacitado dos seus gestores, tem grandes atuações? A resposta bem pensada e sem emoções vai ser direta e verdadeira: Não !!!, Nenhuma foi brilhante, e nem maravilhosa! E todas as pessoas que detêm o mínimo de senso crítico e consciência política sabem o porque! Simplesmente por que foram pensadas e criadas para não dar certo! Sem orçamento, sem pessoal, sem estrutura, sem nada! Só para satisfazer a acalmar os inúmeros acordos internacionais que o Brasil foi signatário, após dezenas de denúncias feitas pelo Movimento Social Negro ao longo de décadas sobre a falsa democracia racial.
Portanto tenho a plena convicção de que é passado a hora de demonstrar o mínimo de amadurecimento político e força negra, e que principalmente reconheçamos os reais objetivos destas notícias.
Precisamos acordar e nos unir, pode parecer clichê esta frase, ou mesmo demode, porém os brancos nunca se ofendem em público, os brancos nunca tentam “desqualificar” um parceiro ou parceira de negócios, sejam eles políticos e ou econômicos. Eles se unem para dividir um bolo maior, e não dividir migalhas para ficarem sem nada. Por isso para nós é tão difícil. Mais espera, quase cometo um erro! Quem sou eu? Para ensinar padre a rezar missa, ou pai de santo á fazer ebó, para ser mais exato,  ou principalmente á militantes antigos á fazer política, se é que isso pode se chamar de política. Oxalá que os mais jovens militantes, a chamada Juventude Negra que por sinal é muito brilhante e qualificada, não pratiquem tais erros dos mais velhos. Para nosso próprio bem e saúde política.
E antes que falem e me esculachem, mais do que já gostam de fazê-lo,  a Exmª Min. Luiza Bairros, a quem eu tenho um enorme respeito, carinho e apreço, não me deu procuração para defendê-la ! Só acho que é preciso evoluir, e isso é um novo momento, um momento de crescer, de união de tomada do poder, e a tomada passa também por períodos didáticos. Felizmente.
 
“Não podemos abrir mão de nada nem de ninguém, Precisamos de tudo e de todos...”
W.e.b Dubois
 
Sinceramente,
 
Abraão Macedo
Teólogo
Pastor Ministro. Igreja Amor em Cristo
 

Pr. Min. Abraão Macedo
Ministério Evangélico do Amor em Cristo

ANO DOS AFRODESCENDENTES NO MUNDO O DESAFIO DE SER NEGRO E BRASILEIRO

A AFROS MUNDOS a le plaisir d’annoncer et de vous inviter à participer à la Quatrième Semaine de La Conscience Noire Brésilienne entre 19 et 23 octobre 2011 à Paris (France). Le thème sera:

 « L’année des afro-descendants dans le monde: 
être noir/e et brésilien/ne » 






MERCREDI 19 OCTOBRE

18h Ouverture

- Bienvenue du Parti communiste français - Obey AMENT
- Présentation  de la Semaine de la conscience noire brésilienne - Márcia  MORAES DE OLIVEIRA

Modération: Rodrigo REZENDE (étudiant de la sélection internationale de l’ENS et membre de la Section du PT à Paris)

18h20 Conférence d’ouverture: Le mouvement noir et l‘éveil politique des afro-brésiliens
 Hildebrando CERQUEIRA (chercheur en anthropologie)

18h30 Débat :   Droit des travailleurs, de la lutte contre le racisme et pour les Droits de l’Homme au Brésil et en France»

Vicentinho (Vicente de Paula Santos) - Député Fédéral et co-fondateur du Parti des travailleurs (PT- Brésil)
- Eliane Assassi  -  Sénatrice (Parti communiste français)
- Isabelle Laurent - membre du Comité exécutif et responsable de la section en Droit de l’Homme du PCF

19h30 Questions du public
20h30 Conclusion
21h Clôture

: Siège du Parti Communiste Français (L’Espace Niemeyer) - 2, Place Colonel Fabien, Paris 75019  - Métro: Colonel Fabien (ligne 2)


JEUDI 20 OCTOBRE  - à partir de 20h30

Samba Soul  vol.7, spécial “Semaine de la conscience noire brésilienne  & Festival Capoeira Malungo” présente:
Live As Pretas (Cristina Violle et Luma Lorenço)
Ft. César Belieny (Eletrosamba Banda) from Rio de Janeiro
+ Dancefloor Electro-Funk-Samba-Jungle avec les selecteors Bertrand Doussain (PSC) et Pedro D-Lita (dB)
Où: à L’Alimentation Générale 64, rue Jean-Pierre Timbaud 75011 - Métro Parmentier (L3)
Entrée: 3€



VENDREDI 21 OCTOBRE



10h30  POUR LE DROIT A L’ÉGALITÉ


 Lancement du livre « Les femmes qui construisent l’égalité » soutenu par l’UNIFEM (Nations Unies) et Gouvernement de l’Etat de Pernambuco

Présentation Rokaya Diallo - Editorialiste et auteur du livre « Racisme Mode d’emploi »

Avec la présence de :
 - Cristina BUARQUE -  Responsable au Secrétariat des femmes de l’Etat de Pernambuco (Brésil)
Jorge ARRUDA  - Attaché spécial du gouverneur et secrétaire exécutif de la CEPPIR (Centre de l’Etat pour la promotion de l’égalité raciale) - Brésil
Eduardo CAMPOS - Gouverneur de l’Etat de Pernambuco (à confirmer)

Où: Assemblée nationale  126, rue de l’université, Paris 73005 Métro: Assemblée Nationale (L: 12)

12h- 13h30 Pause déjeuner

13h30 Témoignage : Pourquoi militer pour la question raciale brésilienne à l’étranger?


- Márcia MORAES DE OLIVEIRA - Présidente de l’association Afros Mundos et réalisatrice de la Semaine de la conscience noire brésilienne

14h-18h   Conférences

14h-15h
TABLE 1 : POUR LE DROIT À L’INCLUSION

Modération:  Franco : porte-parole de l’Alliance noire citoyenne (ANC)

-   Quand les statistiques prouvent les inégalités - Edson SANTOS - Député fédéral (Parti des travailleurs- PT brésilien) et ancien ministre de la SEPPIR (Secrétariat spécial des politiques de promotion d’égalité raciale)

- Les actions affirmatives dans le domaine de l‘éducation, communautés traditionnelles de terreiros et quilombolas dans l‘Etat de Pernambuco - Jorge ARRUDA - Attaché spécial du gouverneur et secrétaire exécutif de la CEPPIR (Centre de l’Etat pour la promotion de l’égalité raciale) - Brésil
15h-15h30

TABLE 2: POUR LE DROIT D'ÊTRE NOIR/E


- Le mythe de la démocratie raciale brésilienne et l’invisibilité de la couleur -  Silvia CAPANEMA  ( Maitre de conférence en Portugais et Cultures Brésiliennes - Université Paris 13  et Docteur en Histoire par l’EHESS)

Modération:  François DURPAIRE  (Historien des identités)

15h30 - 16h


TABLE 3 : POUR LE DROIT À LA CULTURE

- Le pouvoir de l’héritage et le pouvoir de transformation de la jeunesse noire - Milena MONTEIRO, Danseuse et fille du grand danseur de frevo Nascimento do Passo

Modération : Manuel ALLAMELOU (élu socialiste de Clichy la Garenne)

16H30 -17h
TABLE 4 :  POUR LE DROIT À ÊTRE REPRESENTÉ-E
- Le rôle du parlementaire dans la promotion de l’égalité raciale  - George PAUL-LANGEVIN - Députée Parti socialiste (PS) du XXème arrondissement de Paris

17h  Débats
17h45 Considérations finales
18h Clôture

: A l’Assemblée nationale  - 123, rue de l’Université, Paris 75005 Metro: Assemblée nationale (ligne 12)
Comment? Pour participer il faut vous inscrire préalablement via afrosmundos@yahoo.com et vous munir d’une pièce d’identité le jour même.


19h30 -22h 
TABLE 5 : POUR LE DROIT À LA TERRE

Débat : Quilombolas,  peuples en danger!

Le reportage de 22 minutes met en évidence la problématique quilombola au Brésil à travers deux communautés installées dans l’état du Maranhão. Pressions, menaces, assassinats, c’est le quotidien des villageois de Santarem et de Charco. Comme eux, au Brésil, des milliers de quilombolas sont menacés de disparaitre sous la pression des grands propriétaires terriens et des politiciens locaux corrompus. Le Brésil ambitionne de devenir le grenier du monde dans les toutes prochaines années. Cette nouvelle politique agricole fait la belle à l’agro-industrie, les quilombolas sont les premiers touchés et leur avenir se complique de jour en jour.

-  Laurent GARCIA - journaliste et réalisateur du reportage
Eros SANA - porte-parole de la Zone d’écologie populaire (ZEP)  et membre de l’équipe de campagne d’Eva Joly (EELV)

Où: Marie du 2ème, Salle du Tribunal (au rez-de-chaussée), 8 rue de la Banque, Paris 75002

Dimanche 23 octobre
14h-18h  Reunião com artistas e produtores culturais brasileiros com a Fundação Palmares e demais convidados (em português). Para participar escreva para: afrosmundos@yahoo.com  ou ligue (            06 58 70 40 75      ). O local sera escolhido em função da quantidade dos participantes. Entrada: livre!

Pour en savoir plus
afrosmundos@yahoo.com
http://afrosmundos.blogspot. com
            06 58 70 40 75      

Organisation et réalisation
Márcia MORAES  (Afros Mundos)

Remerciements à tous ceux qui ont collaboré à la construction de cet événement.

Márcia Moraes de Oliveira
présidente - Afros Mundos
+33 (0) 6 58 70 40 75

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Drº Sergio São Bernardo - Para Além do Nilismo

Para Além do Nilismo


Sérgio São Bernardo

Acabo de ler o livro Nilismo e Negritude do Camaronês Celestin Mongá. Acho uma boa leitura para os nossos continuados dias de diáspora e busca de sentido identitário e emancipatório. Um debate que aparecerá num futuro próximo face aos novos caminhos trilhados por nós mesmos nos últimos anos.

Mongá traça um relato muito singular e amplo de sua visão sobre a África moderna. Uma desmontagem propositada das perspectivas essencialistas, culturalistas e desenvolvimentistas que povoam a África e a diáspora nas últimas décadas. Citando Senghor, Mongá faz seu acerto de contas sobre a sua África: ousa a refletir sobre uma herança frágil e cética fundada na afirmação da negritude e na negação ao colonialismo; admite precisar entender este momento pós-revolucionario e buscar o modo como os de sua geração devem seguir e conquistar a vida digna a partir desse lugar. Um lugar amplo e diverso que não sintetiza a África unida que pensamos existir; de uma superação de um nilismo ascético desumano e festivo quem tem nos proporcionado em alguns momentos traços de quietude e conformação.

Em Nilismo e Negritude, Mongá fala com destreza e abrangência filo-antropológica de uma África contemporânea por meio de uma viagem ao cotidiano. Divaga sobre a auto-estima, as heranças coloniais, a culinária, a ética, a religião e a sexualidade. E ainda comenta acidamente sobre as responsabilidades dos governos despóticos e programas autoritários que têm perpetuado altos índices de miserabilidade na África pós revolucionária sustentada por uma elite negra, esclarecida e rica. Entretanto, o autor aprende com suas próprias contradições e acaba por aceitar de modo paradoxal os ensinamentos sobre a economia do casamento, do uso do corpo e da morte como substratos legítimos de uma África reinventada pelos africanos da atualidade.

Aqui nos trópicos, muita coisa tem acontecido e revelado consistências e fragilidades, aberturas e fechamentos. A história de luta e resistência é plasmada em recorrentes abandonos da identidade e da incapacidade de homogeneização ideológica. Algo que podemos chamar de um nilismo negro brasileiro. Cada um traça, em suas individualizadas dezenas de partidos, grupos e subtendências, a osmótica partilha do programa salvacionista e os transformam em poderes os mais distintos e valorativos.

Ninguém está errado. Até porque, parte do que fizemos na episteme da luta emancipatória no Brasil tem nos trazido mais vitórias do que derrotas. Então, o caminho histórico não é de todo desprezível. Temos um debate que precisa ser refeito permanentemente para além de onde nos encontramos agora, num fosso intranqüilo em face dos discursos da identidade nacional, da miscigenação e da cordialidade corroborado por altos índices de pobreza e violência. Parece que estamos lá adiante, entretanto, nosso irmão está lá atrás e não sabemos se o esperamos ou continuamos avançando.

Na diáspora nacionalista afro-brasileira todos ostentam gestos e valores pensando estar dando mais um passo para algo que seja grandioso e que servirá a todos. Outros simulam jogos e negociam interesses, os mais plurais, aliados às identidades não necessariamente sócio-raciais e/ou emancipatórias. Tenho ouvido e presenciado muitas opiniões que se confrontam na tática e, depois, se dialetizam na estratégia e vice versa. Existe uma persistência romântica de que tudo que fazemos deva ser homogêneo e universalista. Do mesmo modo, a nossa herança metafísica e imanente agora tem nos dado, provisoriamente, um ar de resistência e protagonismo político frente a um Estado que teima em não saber a distinção preconizada por Chateau Mouffe de que uma coisa é o diálogo entre o Estado e a Igreja, outra é o diálogo entre política e religião. Esta quadratura dicotômica tem sido o novo cenário da luta política na América Ibérica e nós estamos usando.

Mongá fala, citando Mudimbe, que a invenção da África forçou um diálogo inexistente entre um essencialismo identitário e um universalismo racionalista. Isso o levou a admitir que o futuro planetário, o papel do continente africano e sua diáspora ainda estão por ser empreendidos. Uma parte do mundo emergente está mesmo usando este jargão e revisitando a África do futuro. Uma odisséia afropolitana que ainda não chegou. Hall insiste na idéia de que o etnocentrismo nos coloca no fosso da afirmação fundamentalista da diferença, naturalizando-a. Como se exstivessémos esperando um projeto em andamento, algo próximo da inexorável historicidade redentora em nossos olhos de ver o passado. E ao citar Octávio Paz, traz um “senão” de que o que nos distingue não é a originalidade, e sim a originalidade de nossas criações.

O nilismo negro reina na diáspora, numa África reinventada e real. Algo do que Mongá reflete está acontecendo aqui conosco. Diversas modalidades de representações e manifestações têm estimulado a construção de vagões que trafegam em trilhos ora de um essencialismo pragmático, ora de um culturalismo estatizante. Todavia, paradoxalmente, temos ocupado mais espaços públicos e privados. Certos arranjos existenciais e mecanismos de defesa - ou seja, uma estratégia Jeje/Banto/Nagô que nos mantém preservados - dialogam com uma dose de afirmação identitária para além do sagrado e do profano que nos semantizou. Uma parafernália simbólico/material que nos fez alargar as opções táticas e hoje, mesmo que queiramos, não saberemos sair disso sem dissensões. Entretanto, o mundo nos olha com olhos de quem soube sair do pior e escolheu modos singulares de continuarmos vivos.

Temos um dilema ético político: como falar para todos os negros sendo seus representantes? E não sendo seus representantes, quais acordos possíveis para representar a todos ou a sua maioria? E representando a poucos, como querer um projeto para muitos? Qual o papel dos negros que estão no governo ou que são de partido político? Qual o papel dos que estão fora, ou são de ONGs, ou outras organizações independentes? Existe uma fenda gramsciana que pode nos dar uma saída para um projeto que integre ação política por dentro e uma ação política por fora? Qual o papel político das religiões teogônicas afro-brasileiras? Qual o papel do marxismo na luta negra brasileira? Qual o sentido estratégico da lutas dos quilombolas, empresários e empreendedores negros, mulheres e juventude no Brasil de hoje. Estas são as nossas perguntas.

No entanto, o nilismo negro tem feito muitos estragos e êxitos, e à revelia da tradição etnocêntrica que nos orienta, muitos estão ocupando espaços na sociedade e estão assumindo seu niilismo negro nas faculdades nas empresas, no sexo, nas periferias, no governo, na religião, na cultura e em dezenas de outras atividades da vida pública e privada. Decidindo ao seu gosto, a cara da esfera publica e seus representantes no cenário político. Ainda estamos por saber qual será o nosso caminho: se um socialismo negro, uma sociedade multicultural de caráter maximalista ou uma sociedade liberal de convivência integracionista.

Creio que a nossa luta política ainda seja a de superar o nilismo e buscar referências, as mais grandiosas e eficazes que possam nos levar para horizontes e lugares ( não ouso dar nomes ) de justiça, democracia, liberdade e alcance equitativos de comida, dinheiro, solidariedade e felicidade. Busquemos, então, a originalidade em nossas criações.
Bibliografia: Mongá, Celestin, Nilismo e Negritude, Martins Fontes, 2010.

Pesquisa aponta quê 53,5% dos Negros brasileiros Estão na classe media

53,5% dos negros brasileiros já estão na classe média

Pesquisa do economista da FGV Marcelo Neri também mostra que 47,3% dos mestiços pertenciam às classes A, B e C em 2008

RIO - Mais da metade dos negros brasileiros, e pouco menos da metade dos mestiços (pardos), pertencem hoje à classe média, incluindo a classe C, a nova classe média popular.
Segundo recente levantamento do economista Marcelo Neri, do Centro de Políticas Sociais (CPS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 53,5% dos negros e 47,3% dos mestiços no Brasil pertenciam às classes A, B e C em 2008. Entre negros e mestiços juntos, 48% são de classe média, e 52% estão nas classes D e E, mais características da pobreza. Os porcentuais incluem também os muito ricos, mas que são estatisticamente pouco significantes.
Esses números, tirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostram uma grande evolução nos últimos 15 anos. Em 1993, menos de um quarto dos negros (23,8%) e pouco mais de um quinto dos mestiços (21,7%) pertenciam às classes A, B e C. Tomados em conjunto, apenas 22% dos negros e mestiços estavam na classe média, com quase 80% nas classes D e E.
Os números de Neri revelam que, desde 1993, a proporção de negros e mestiços nas classes A, B e C cresceu cerca de 110%, enquanto a dos brancos expandiu-se em 42%. "Há uma melhora diferenciada dos negros e pardos na classe ABC, já que a proporção deles aumentou mais do que a dos brancos", observa Neri.
André Urani, sócio do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), e diretor do Instituto Natura, tem dados que mostram que a proporção de negros e mestiços, nos últimos 15 anos, cresceu bem mais entre os mais ricos do que entre os mais pobres. Assim, houve um salto de 74%, de 1993 a 2008, na proporção de chefes de família negros e mestiços entre o 1% mais rico do Brasil, e hoje ela atinge 15%. Entre os 10% mais ricos, um em cada quatro chefes de família já é negro ou mestiço.
Para Urani, essa melhora relativa de renda de negros e mestiços se deu antes que a política de cotas pudesse fazer efeito. "Se, de fato, como parece, isso não se deve à política de cotas, então está aberto um campo gigantesco para se investigar as determinantes dessa trajetória e ter políticas públicas que a incentivem."
Mesmo com o avanço de negros e mestiços, a sociedade brasileira ainda está muito longe de ser igualitária em grupos raciais. Os chefes de família negros e mestiços ainda correspondem a mais de 70% entre os pobres e indigentes, segundo a classificação de linhas de pobreza de Urani.
Os dados de Urani e Neri mostram, porém, que, apesar de a situação ainda permanecer ruim, é inegável a tendência de redução da desigualdade de renda de base racial na última década e meia. Hoje, o País já possui uma grande classe média não branca, com 45 milhões de pessoas.
Os dados da série da Pnad revelam que também houve, independentemente da renda, um expressivo aumento na proporção de negros e mestiços no total da população brasileira de 1993 a 2008, de 45% para 50,1% do total.
As possíveis explicações para essa mudança são uma maior disposição das pessoas se identificarem como não brancas (pretos e pardos, na terminologia oficial) nos questionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e um avanço real demográfico de negros e mestiços relativamente aos brancos. Especialistas em estudos raciais, como o economista Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acreditam que a causa pode ser uma combinação desses dois fatores.
Em todas as faixas de renda houve aumento da participação de negros e mestiços, já que eles cresceram bastante na população como um todo. Porém, quando se examina as mudanças na distribuição de negros e mestiços entre as faixas de renda, de 1993 a 2008, fica claro que aquele aumento foi proporcionalmente maior nas camadas mais ricas da população do que nas mais pobres.
Assim, em 1993, os chefes de família negros e mestiços representavam 68% do total abaixo da linha de indigência definida por Urani, o que subiu para 73% em 2008. O crescimento da fatia, de 8,3%, porém, foi bem menor do que o aumento na proporção total de chefes de família negros e mestiços naquele período, que foi de 23%. Já entre os riquíssimos (1% mais rico da população), a parcela de chefes de família negros e mestiços saiu de 8,8% para 15,3%, o que significa uma expansão de 74%.

Economia brasileira Contemporanêa e Projetos Internacionais

Economia brasileira contemporânea & Projetos Internacionais: dualismo analítico como sugestão para negociações globalizadas, por José Ribeiro Machado Neto

 
 
 
 
 
 
i
 
1 Votes
Quantcast
Ao se considerar a importância estratégica do comércio internacional, a ênfase atual em direitos humanos e as negociações entre estados os principais eixos básicos da maioria dos cursos de relações internacionais (REL) no Brasil, torna-se mister o conhecimento e domínio de duas realidades que, mesmo próximas, são de certa forma excludentes: i) Economia Brasileira Contemporânea (EBC); e ii) Projetos Internacionais (PI).
Inicialmente, vemos que na maioria das vezes, estas disciplinas são vistas como matérias de ciclo profissionalizante, ou seja, conclusivas. Entretanto, em alguns casos, tomadas como simples opções a mais nas grades de matérias obrigatórias, oriundas da visão hegemônica do pragmatismo econômico, ainda levado muito a sério no universo da graduação em ciências humanas e sociais.
Observa-se nessas disciplinas, à semelhança e proximidade das grades curriculares dos cursos de REL e POL – ambas com paradigmas convergentes que têm sido ao longo do tempo justificados por objetivos, metodologia, periodicidade, identidade literária, número de créditos e, inclusive, por estarem ainda na fase conclusiva dos périplos discentes – um leitmotiv para antecipação de praticidades didáticas inovadoras e extensionistas nos campos ou espaços das relações entre estados e mercados e, também, na exemplificação do universo sistêmico dos regimes políticos.
Em ambos os espaços ou campos acadêmicos o exercício da programação econômica ou política antecede de fato a viabilidade das ações de praticidade. Além disso, pode ser motivo de novas digressões didático-pedagógicas, em função de análogos e próximos graus de importância que representa, notadamente, para os cursos de graduação de REL. Entretanto, com menor destaque para os segmentos excludentes de direitos humanos e meio ambiente.
A EBC, a exemplo das demais economias latino-americanas, tem insistido, com relativa intensidade e sob a forma distinta de propulsora de vantagens recíprocas (Porter, 1993), a sua inserção permanente na nova ordem econômica globalizada, onde os limites e fronteiras dos estados tornam-se mutáveis, de acordo com a intensidade das trocas multilaterais, sob múltiplas formas e, nem sempre recíprocas de negociações.
Entretanto, ímpetos midiáticos sobre o controle da inflação, direcionados para o crescimento expressivo das exportações, firmes no acompanhamento dos coeficientes de abertura e na observância da existência não justificada de superávit primário, não têm sido levados em consideração pelas economias centrais e, paralelamente, pelas cúpulas dos blocos econômicos. Em conseqüência, têm-se um quadro restritivo que amplia o gargalo externo e a dependência político-econômica e tecnológica das economias meridionais que prejudica, sobremaneira, o comando e o norteamento e avaliação de suas políticas externas.
A EBC já não deve ser vista, como há tempos, como uma economia dual, isto é, com funcionamento a cargo de duas estruturas distintas: uma pré-capitalista, com o predomínio do uso de recursos naturais e de mão-de-obra; e a outra, essencialmente capitalista, com uso excessivo e diversificado do fator capital nos seus principais segmentos, numa linguagem segmentada pelo concerto econômico internacional (Braudel, 1979).
Há tempos, a economia brasileira caminha a passos largos para o espectro neocapitalista, cuja linguagem do capital (Braudel, 1979) é paralela à linguagem tecnológica e, ambas – porta-vozes dos sistemas econômicos – ainda estão sempre direcionadas para a negociação – mesmo em diversos quadrantes – com vistas a um processo decisório racional (Vasconcelos & Sousa, 1993). Este quadro – ainda que resumido – pode justificar a necessidade de inserção da disciplina EBC nas grades didático-pedagógicas dos cursos de graduação de REL, principalmente, naqueles cujo enfoque esteja direcionado para negociações bilaterais ou multilaterais internacionais.
O conteúdo da disciplina EBC privilegia a análise das fases de transformações estruturais e de comprometimentos (Cardoso & Faletto, 1970), as alternâncias de modelos e, com maior ênfase, as possíveis inserções de nações emergentes inserção na economia mundial globalizada. O seu conteúdo não é apenas descritivo ou periódico, pois se reveste de pragmatismos esboçados por homens de estado, cujas governabilidades nem sempre marcantes no ciclo de transformações estruturais.
De Deodoro (1989-1891) a Campos Salles (1898-1902); de Washington Luís (1926-1930) a Vargas (1930-1945; 1951-1954); de Juscelino (1956-1961) a Castelo Branco (1964-1967); e de Geisel (1974-1979) a FHC (1995-2002), com alguns interlúdios de governança, de mudanças institucionais (1889, 1930, 1937, 1963, 1964 e 1985), de programas de estabilização (1964; 1967; e 1986-1994) (Salomoni, 1997) e de choques externos (1973 e 1979) (Galvêas, 1985), mutações e variâncias externas devem ser mais do que estudadas, pois deve ser considerada, também, objeto de exemplificações contemporâneas, para possíveis gestações de novos modelos de governabilidade.
A ECB, segundo (Castro, 1997), não deixa de privilegiar o capital, de concentrar renda e riqueza (Langoni, 1976 & Mirow, 1978), e nem de concentrar esforços para garantir a sua inserção externa (CEPAL, 2006), muitas vezes conquistada por vias diplomáticas, mediante acordos, tratados e alianças (Oliveira, 1997; Carvalho, 1998; e Garcia, 2005).
Como se pode observar, a visão da EBC não está  apenas relacionada aos fenômenos internos, mas em grande parte, a economias ou estados influenciadores do processo decisório político-econômico internacional. Posicionamento que magnífica a importância da disciplina como um sério background para a prática de esboços de negociações em diversificados segmentos que constituem o concerto internacional.
Por conseguinte, a disciplina Projetos Internacionais (PI) – um elo entre a teoria e a realidade econômica – permite a interação entre as teorias econômicas e as das relações internacionais, com vistas à materialização de objetivos micros e macroeconômicos, independentes, exclusivos. Ainda, daqueles ligados a acordos, convenções e tratados bilaterais e/ou multilaterais.
É o predomínio da prática com pragmatismos de resultados, que sustentam as bases necessárias para o êxito de negociações entre agentes nacionais, internacionais e transnacionais. Além do mais, estende a prática de planejamento à discussão sobre possibilidades de implantação de projetos bilaterais nas áreas do MERCOSUL e outros blocos que exigem, além da cooperação simétrica (Almeida, 2003), identidades macroeconômicas, a exemplo da União Européia (Pfetsch, 2001).
Na extensão e diversificação da prática de elaboração, análise, acompanhamento e avaliação de projetos (Buarque, 1984), a utilização do exercício de métodos quantitativos – ainda que superficial – e de modelos lineares de crescimento com variáveis institucionais (Machado Neto & Wollmann, 2000), completa a macrovisão necessária ao internacionalista. Este, a partir de então, poderá com mais facilidade alcançar o domínio da geopolítica, geoconomia, geoestratégia (Álvares, 1973; Mattos, 1990; Couto e Silva, 2003) e da cooperação internacional (Herz & Hoffmann, 2004), tornando-se negociador entre estados, organizações internacionais multinacionais e transnacionais (Carvalho, 1982) e, inclusive, entre economias de mercado e economias planificadas (Bettelheim, 1968), que tementes à importância e a escasez do capital, permanecem, na maioria dos casos, estáticas em suas fronteiras.
A tipologia de projetos econômicos fornece ainda, com relativo êxito ao internacionalista, além da possibilidade de escolha de campos distintos do comércio internacional – desde o comércio de commodities (Ângelo & Moares, 2002) – diferentes práticas de alocação de capitais compensatórios em setores estratégicos da economia.
Sob outra ótica ou visão de alocação planejada, disponibiliza aportes a outros segmentos considerados necessários ao equilíbrio geopolítico, a exemplo do militar e, num campo mais restrito, à espacial, mediante o domínio analítico da prática de projetos internacionais e transnacionais, com ênfase à absorção tecnologia de ponta, com múltipla reciprocidade.
Kindleberger (2007) retrata os movimentos internacionais de capitais e Barreto Filho (1999) há tempos, o tratamento nacional de investimentos estrangeiros necessários ao financiamento do crescimento econômico compatível, inclusive, com mutações externas.
O programa de ensino de PI, além de englobar uma unidade preparatória, composta de itens predominantes da teoria das relações internacionais; da teoria econômica, de planejamento setorial e global; de geopolítica, geoeconomia e geoestratégia; de economia ambiental, macroeconomia, macrofiscal e, além disso, de cooperação internacional sob a ótica da teoria realista de REL.
Aglutina, por conseguinte, aspectos teóricos e práticos da técnica de projetos em níveis doméstico e internacional, sob campos teóricos diversificados, que vão além da criação e implementação de novos mecanismos de política econômica e de indicadores sócio-econômicos.
Por extensão, propicia, ainda, estudos de casos em situações difusas, aproximando o analista da visão regional cooperativa, mesmo a assimétrica (Almeida, 2003), sob elencos bibliográficos com diferentes matizes ideológicas, a exemplo do exercício cepalino, advindo da planificação latino-americana, observada com grande intensidade nas décadas de 1950-1960 (Valdés, 1993).
Em síntese, a inserção das disciplinas EBC e PI – um dualismo analítico – nos projetos pedagógicos e nos planos de cursos de REL torna-se um imperativo para a interação da hegemonia teórica com a necessidade da prática operacional, interativa e, principalmente, a interdisciplinar.
A justificativa é simples: a teoria política, a teoria das relações internacionais e a teoria econômica convergem sob diferentes intensidades para o ponto comum da integração acadêmica: a negociação abalizada com maiores possibilidades de êxitos e vantagens compensatórias (Porter, 1993), capazes de eliminar assimetrias entre estados, sistemas concorrenciais e governabilidades, notadamente, em ambientes e visões globalizadas, com tendências conflitantes.
José Ribeiro Machado Neto é pesquisador colaborador e coordenador de extensão e ensino do Centro Integrado de Ordenamento Territorial (CIORD), da Universidade de Brasília – UnB (jrmn1789@gmail.com).

PREMIO NOBEL DA PAZ DE 2011 VAI PARA AS MULHERES

Prêmio Nobel da Paz de 2011 é dividido entre três mulheres

Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram laureadas

07.10.2011 | Atualizado em 07.10.2011 - 07:51
Visualizações: 2443

Tamanho da letra: -A | +A
Submetendo seu voto...
Avaliação: 5.0 of 5. 1 voto(s).
Clique na barra de avaliação para avaliar este item.



Três mulheres- a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a também liberiana Leymah Gbowee e a ativista iemenita Tawakkul Karman- foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz de 2011.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) em Oslo, Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901. As vencedoras vão dividir um prêmio de US$ 1,5 milhão.
Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, argumentou que as laureadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz".
"A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar", disse o presidente do comitê.
"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtêm as mesmas oportunidades que os homens para influir nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", disse Jagland.


Tawakkul Karman, Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee
Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005.
Economista e mãe de quatro filhos,  a "Dama de Ferro" tenta a reeleição em pleito marcado para esta terça-feira (11).
"Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres", disse Jaglan, ao justificar a premiação
Sua compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003.
Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma "greve de sexo" em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas.
E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
Em entrevista à TV Al Jazeera, ela disse que o prêmio é "uma vitória para todos os ativistas iemenitas", mas que a luta pelos direitos continua no país.
"Nas mais difíceis circunstânias, tanto antes como depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen", segundo o comitê.
O Nobel é escolhido por um comitê norueguês de cinco membros, apontados pelo Parlamento da Noruega.
Geralmente, a tendência é optar pela diversidade dos ganhadores. No ano passado, o ativista chinês pró-democracia Liu Xiaobo foi o ganhador.
Em 2009, foi o presidente dos EUA, Barack Obama, por conta de seus esforços em relação à questão nuclear.
Poucas mulheres
Até agora, em 111 anos, apenas 12 mulheres haviam recebido o Nobel da Paz.
A última mulher a ganhar  também foi uma africana, a militante ecologista queniana Wangari Maathai, que morreu há pouco.
Em 2011, o Nobel da Paz registrou uma cifra recorde de 241 candidaturas de indivíduos e organizações.
O prêmio será entregue em Oslo no próximo dia 10 de dezembro.
Desde 1901
Estabelecido em 1901, o Prêmio Nobel tem o objetivo de reconhecer pessoas que tiveram atuações marcantes nas área da física, da química, da medicina, da literatura, da paz -e, desde 1968, também da economia.
O prêmio foi estabelecido pelo cientista e inventor sueco Alfred Nobel, criador da dinamite, que morreu em 1895 e uma fundação para administrá-lo.
A premiação consiste de uma medalha, um diploma e um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,5 milhão.
Todos os prêmios são concedidos em Estocolmo, capital da Suécia, a não ser o da paz, que é dado em Oslo, capital da Noruega.
Na época em que Nobel era vivo, a Noruega e a Suécia estavam unidas numa monarquia - que durou até 1905, quando a Noruega tornou-se um reino independente. Em seu testamento, Nobel determinou que o prêmio da Paz deveria ser decidido por um comitê norueguês.
Os laureados com o prêmio são escolhidos de uma lista de nomeados, que não é divulgada previamente. Portanto, apesar de haver sempre muitos palpites e "favoritos", é muito difícil saber quem vai vencer.
Muitas vezes, o escolhido passa longe das previsões divulgadas pela imprensa na semana da premiação.
Neste ano, o nome de Ellen Johnson Sirleaf era citado entre os favoritos. E também se falava muito na possibilidade de algum nome ligado à Primavera Árabe ser escolhido. 

MULHERES de KIVÚ - CONGO KINSHASA ÁFRICA UM PEDIDO DE SOCORRO

Senhoras e Senhores,
 
No período de 31 de Março a 03 abril, estivemos em comitiva nas cidades francesas de Paris e Mantes de la- Jolie, ocasião em que realizou-se a Conferencia Preparatória para O Ano Mundial do Renascimento Pan-Africano, é claro que diante de vários encontros e intercâmbios políticos, culturais e sociais, o que certamente nos permitiu não somente acumular experiências, mais também nos permitiu perceber a importância, a responsabilidade e o fascínio que o Brasil exerce na diáspora africana.  Particularmente me chamou a atenção um grupo de mulheres representada por sua presidente, a Srtª, OFilia, Africana da Cidade Congolesa de Kivú, a qual conseguiu transmitir com muita verdade e realismo as atrocidades que ainda são praticados naquela parte da África. 


Samuel Azevedo
IABEPE
 
 KIVU  
Aqui estão algumas linhas de apresentação que lhe permitirá de conhecer melhor no que consiste esta  associação.
Introdução:
Movido pelo espírito de solidariedade, divisão, igualdade e desenvolvimento sustentável, os fundadores da
ASSOCIATION FEMMES DU KIVU  (ASSOCIAÇÃO MULHERES DE  KIVU) tem como objetivo o desenvolvimento completo do ser humano considerando as especificidades da Mulher, seus direitos e seus interesses, em uma dinâmica da sociedade africana, que tem que considerar o respeito e a dignidade da Mulher.
Objeto:
A ASSOCIAÇÃO MULHERES DE  KIVU tem por objetivo  denunciar os estupros, a violência, as agressões de todos os tipos como também as infrações aos direitos humanos, das mulheres que vivem na região de Nord-Kivu (República Democrático do Congo), as quais são vítimas a aproximadamente uma década por causa dos atos de guerra. A ação da Associação Mulheres de Kivu é traduzida em particular por um apoio material ou imaterial à estas mulheres e conseqüentemente  à população local. Entre os objetivos procurados pela associação estão:

Na maior medida possível e de acordo com as circunstâncias, participar à qualquer ação susceptível de favorecer a emancipação, auto-satisfação e o bem-estar material, moral e social das mulheres na região de Kivu.
Num primeiro tempo, proteger os direitos e os interesses imediatos e futuros da Mulher na região dos Grandes Lagos em geral, no território da República Democrático do Congo.
Proteger os direitos e os interesses da Criança (a qual a Mulher geralmente tem a responsabilidade).
Estas ações serão materializadas pelas ações seguintes. Porém, esta enumeração não é exaustiva e pode evoluir de acordo com as circunstâncias, respeitando os objetivos e os ideais da Associação.
Criação de um centro de reinserção para as mulheres, dando em particular uma ajuda psicológica,
Aprovisionamento de hospitais locais com equipamento e remédio.
Apoio material para as escolas e centros de formação (trabalhos escolares e materiais didáticos). 
Ofilia
A paisagem deve ser observada seriamente e com serenidade para poder beber a seiva vital que não para de ser esparramada Mesmo os cegos conseguem tirar proveito desta beleza
As árvores não param de cantar graça aos sussurros que oferecem a reunião do vento com as folhas, os surdos também tiram proveito desta música celeste e telúrica
 A terra não para de vibrar de suas profundidades, dizendo em voz alta como a sua benção é abundante Vibra em Nyiragongo, resona em Nyamulagera, até mesmo os pássaros no ar sentem estes calafrios nas colinas de Masisi uma visão fantástica se solta, no caminho de Ruwenzori, os gorilas da montanha não param de glorificar as costas prateadas que com um relance orgulhoso afirma sua soberania devido a sua idade de macho dominante
Além da decoração material e imaterial, as pessoas, um país, uma região, uma comunidade, um "sexo" não pára de pagar o preço sem outra forma de processo graças à cumplicidade de todos os barulhos de botas que resonam no fundo de uma hétérofonia indescritível acompanhado de crepitares de armas automáticas que contrastam estranhamente com a decoração dos sonhos que oferece a região
Crianças gritam lá, os homens velhos palpitam com ineficácia do outro lado Os pais tentam proteger suas crianças, as pessoas vão rapidamente  para as florestas próximas para se esconder

As mulheres sós e isoladas choram o sofrimento que isso traz, as forças de autodefesa se apressam para tirar os velhos rifles herdados da última batalha que os agressores abandonaram durante a fuga
Mas isto não é o bastante para acalmar os ardores de alguns e de outros suficientemente armados para lutar contra " o inimigo ".
O sangue chama o sangue a chamada de sangue o sangue, no final nem perdedor nem vencedor, só as vítimas para chorar, cuspindo as últimas raivas antes da morte iminente
Silencio  nossa inatividade se torna incriminante para nossa consciência e não nos pode deixar livre enquanto nós todos soubermos que aqui neste lugar do mundo, a mulher não é reconhecida como mãe, irmã, amiga, "ser humano"
Aqui neste canto paradisíaco, a mulher tornou-se a dor dos beligerantes, a caixa de ressonância de frustrações e vexames à vontade de vitórias e derrotas de alguns de indivíduos armados até aos dentes
Aqui na África, a mulher continua a pagar o preço afim de obrigar uma comunidade, um povo, um país à dar o lugar aos interesses multinacionais, em detrimento do Homem
O estupro é utilizada como arma de guerra
A mulher ainda não parou de gritar pelo seu reconhecimento, ela sangra, mas permanece em vida, ela urra, mas está surdina, sorri mas a realidade do seu interior permanece um desastre sem identidade para nós que somos externos ao seu corpo
Esta mulher se alimenta do sonho parece impossível da sua fé na humanidade de cada um,devemos recordar-nos que é graças a ela que a nação, a humanidade se reconciliará com ela mesma
É graças a ela que a nação reaparecerá amanhã das suas cinzas, parece que atrás de todo “grande homem” esconde-se uma mulher
 Ela se agarra à vida para perpetuar o nosso futuro,“todas as mulheres são rainhas” trautea ainda Ismaël Lo
A História recente aqui neste canto do mundo nos testemunha uma obstinação impossível de alguns intrusos que difundem as armas e ideologias inumanas graças à bênção do coltan,da cassitérite, da riqueza destas terras

Estamos mesmo no Congo, este aqui remoto dos nossos corpos mas bem presente na nossa alma é o Leste deste país que sangra, nós estamos mais precisamente no Kivu
Esta região extremamente rica, mas escandalosamente pobre tornou-se desde duas décadas a sede da imoralidade, do barbarismo, da perversão impossível


As atrocidades que ninguém  pode imaginar humanamente falando são de uma realidade inconcebível
Os que pagam o preço evidentemente são os mais fracos, ou seja, os velhos, as crianças, mas sobretudo as Mulheres
A mulher do Kivu tornou-se um màrtir desde a transplantação ao Congo dos acontecimentos dolorosos de 1994 que aconteceram no pais vizinho, Ruanda
As notícias de todas as partes nos informam com uma analogia surpreendente que não podemos mais de nenhum jeito deixar-nos indiferentes
Nos jornais oficiais ou não, somos informados de uma dedução reveladora de um mal que não podemos mais aceitar
A Mulher paga um preço caro ao passar a ser a presa de indivíduos armados, o quadro de expressão de uma cumplicidade favorecida por um acordo de silêncio coletivo
“Mulher negra mulher africana” como podia encantar o Camara Laye, tornou-se neste canto do mundo um objeto para saciar uma dominação ou significar o grau de convicção do ódio difundido pelos bandos armados
Os rebeldes, as tropas leais, as tropas estrangeiras, as das Nações Unidas, toda são responsáveis, culpadas de uma situação que não pode mais ser asfixiada
Estamos numa fase onde o homem se afirmou na sua qualidade de primeiro depredador do Homem
 Ele viola, massacra, decapita, mata para mostrar os seus bíceps, a sua potência e sobretudo para difundir um medo que pensa confortar o seu fictício poder
A mulher tornou-se o instrumento de demonstração deste poder insalubre
Qual poder?  O do dinheiro que provem do sangue da terra do Kivu, mas também do sangue do seu povo
 As riquezas abundantes desta região obrigaram todos os beligerantes a se retrair da sua missão principal que era e é assegurar o bem estar coletivo
A mulher do Kivu está sujeita à estupros em massa,coletivos, orientados e organizados
A mulher do Kivu é utilizada para intensificar o terror na região
Au vu et su de tous, falhamos à nossa missão, ao nosso dever de ser humano
Nos recusamos à encarar de frente esta realidade, preferimos nos limitar com fatos que distraem em vez de enfrentar a realidade criando uma sociedade justa
Definir as atrocidades ocorridas no Kivu não servirá à nada, porque não tem mais nada à ser dito,as palavras não saberão mais nos descrever esta realidade, ela excedeu a imaginação
Assim a consciência e confiança na humanidade de todos, nós  somos também responsáveis no momento em que nos calamo, cruzamos os braços nos  satisfazendo do nosso “trem trem diário”,enquanto sabemos tudo o que se passa no Kivu e que as mulheres  desta região sofrem
Razão pela qual, convidamos vocês não somente para observar, mas participar restabelecimento, de uma nova sociedade
Dar outra possibilidade à estas mulheres de acreditar de novo na vida e na humanidade,mostrar à elas que nós estamos preocupados, nós trabalhamos para a melhoria da situação delas e que elas podem sair deste ciclo assassino
A Associação Mulheres de Kivu é uma organização não-governamental que tem um único objetivo o de com que as vítimas de seqüestros, atrocidades que acontecem nesta região possam recuperar a humanidade delas, mas especialmente lhes dando os meios para um começo novo

Este organismo tem a função de trabalhar para restabelecer estas possibilidades e convida todos os atores diretos e indiretos com à trabalhar nesta direção
Ajudar as vítimas diretas e indiretasseria o único meio para nós não sermos cúmplices destas atrocidades, o que tem que nos preocupar mais é a indiferença
Tentar criar uma dinâmica que permite ajudar diretamente estas vítimas graças aos meios que temos, de maneira à atingir precisamente o nosso objectivo em nome da humanidade
Por isso que nós convidamos à todos de unir-se à todos para construir e reconstruir o que o homem destroiu de humano nas mulheres do Kivu
A nossa fé nesta virtude de Justiça e de dever de Humano nos permite contar com a sua aparticipação ativa nesta obra
Isto nos permite de nos destacar dos conglomerados que favorecem estes crimes e, sobretudo nos coloca no centro do tormento para restabelecer a humanidade perdida nesta região
O nosso dever é sem dúvida fazer circular a palavra e nos  assegurar que todos estejam informados do que se passa neste canto do mundo
Assim podemos graças à implicação de cada um trabalhar para um novo começo da mulher do Kivu
Sabendo que uma mulher mortificada significa o futuro de um povo oxidado, são os únicos a poder reparar esta situação a tempo, isto se refere à todos nós  e o nosso futuro depende disso
A educação de um país, de um povo se transmite primeiro pela mulher
O futuro se conjuga e se atribui à Mulher, a Mulher é um Mundo, é o futuro
Ofilia Mulheres de KIVÚ

SAMUEL AZEVEDO