sábado, 12 de janeiro de 2013

Um Pouco da Senhora da Bahia Mãe Stella D'Oxossi


Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, é quinta Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá em Salvador, posto mais elevado do Ilê, tem a função de iniciar e complementar o ato de iniciação dos olorixás.

"É interessante o desígnio, a força dos orixás. Meu caminho era ser iyalorixá."

"Quem pratica e crê, presencia e sente. A fé abarca a pessoa em sua totalidade. Não se chega a ela pelo intelecto. Também ao Orixá só se chega pelo coração... Nós não escolhemos o Orixá. É ele quem nos escolhe, o mesmo acontecendo, creio eu, em todos os tipos de sacerdócio e em todas as religiões. O importante é que o amor toma conta de nossas vidas".

Iniciada aos quatorze anos, por Mãe Senhora recebendo orukó (nome) de Odé Kayodê em 1939. Em 29 de junho de 1964, foi designada Kolabá (Responsável pelo Làbà, símbolo de Xangô), por Mãe Senhora. Filha dileta de sua mãe-de-santo, pouco a pouco foi aprendendo os grandes mistérios e segredos do candomblé.

Mãe Stella estudou no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, formou-se pela Escola de Enfermagem e Saúde Pública, exercendo a função de Visitadora Sanitária por mais de trinta anos.

Em 1981, visitou templos e casas de orixás em Oshogbo na Nigéria e apesar das barreiras linguísticas, fez amigos e foi homenageada. Em 1983, por conhecê-la, o professor Wande Abimbola, à época reitor da Universidade nigeriana de Ile-Ifé, fez questão de realizar em Salvador, na Bahia, a II Conferência da Tradição dos Orixás e Cultura, porque sabia haver em Salvador raízes profundas da cultura yorubá. Em 1986 participou da III Conferência Mundial de Tradição dos Orixás e Cultura, em Nova Iorque, fazendo palestra na ONU, sendo a primeira Yalorixá a fazer este tipo de pronunciamento.

Em 1987, integrou a comitiva organizada por Pierre Verger para a comemoração da Semana Brasileira na República do Benin, na África. Sua presença mereceu destaque e ela foi recebida com honras de líder religiosa.

Em 1999, conseguiu o tombamento do Ilê Axé Opô Afonjá pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão, na condição de fomentadora de cultura. Em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UNEB, já tendo recebido o título de Doutor Honoris Causa da UFBA em 2005. É detentora da comenda Maria Quitéria pela Prefeitura do Salvador, Ordem do Cavaleiro do GOVERNO DA BAHIA e da comenda do MINISTÉRIO DA CULTURA. Em 2010, ano do centenário do Ylê Axé Opô Afonjá recebeu uma placa da CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR, foi homenageada na ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA e na CÂMARA DOS DEPUTADOS.

Articulista do JORNAL A TARDE onde escreve quinzenalmente na coluna OPINIÃO, escreveu os livros: E Dai Aconteceu o Encanto, Meu Tempo é Agora, Òsósi - O Caçador de Alegrias, Owé - Provérbios, Epé Laiyé - terra viva, Ofún, Ejonile e Opinião, composto pelos artigos publicados no Jornal A TARDE, em comemoração ao seu centenário. Os três últimos títulos a ser lançados no foyer do TEATRO CASTRO ALVES no dia 06 de dezembro na programação do Mercado Cultural.

Roberto, venha conhecer Mãe Stella, ouvir os seus ensinamentos e aprender com a sabedoria desta grande líder espiritual. Certamente vamos viver um momento impar!

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