sábado, 25 de maio de 2013

Semana da África teve abertura na manhã desta terça-feira (22)

Semana da África teve abertura na manhã desta terça-feira (22)

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“Brasil, Desafios Administrativos e Políticos na implementação da Lei 10.639 no ensino público e privado” e “Pan-africanismo” foram os temas de debate escolhidos para abertura da Semana da África, realizada na manhã desta terça-feira (22), no município de São Francisco do Conde, no auditório da UNILAB. O evento contou com a participação de estudantes do município, professores, e autoridades locais. A iniciativa deu abertura a diversas atividades que foram programadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDES), através do Departamento de Promoção da Igualdade Racial (DEPIR), e que seguem até o dia 25 de maio como forma de homenagear o Dia Mundial da África, comemorado em 25 de maio.
Estiveram presentes a mesa de abertura do evento a Chefe de Gabinete, Úrsula Consuelo Albuquerque, representando a prefeita Rilza Valentim; a coordenadora de Combate ao Racismo e a Intolerância Religiosa, Lilian Rosa, representando o Governo do Estado da Bahia/Sepromi; a secretária municipal de Salvador, Ivete Sacramento; o presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (IBD), Hélio Santos; a secretária da Educação de São Francisco do Conde, Cristiana Ferreira; o secretário de Desenvolvimento Social, Aloísio Oliveira; a secretária de Planejamento , Silmar Carmo e o Assessor Romilson da Silva Souza, representando o presidente da Câmara Municipal de Vereadores.
Em discurso de abertura, o secretário Aloísio destacou que o evento tinha por objetivo consolidar e estabelecer a data do 25 de maio. “Essa questão das desigualdades, das pessoas que não se reconhecem como negras, tem que ser debatidas e esclarecidas. É importante construir um padrão de identidade do povo negro, para que saibamos de onde viemos e para onde podemos ir”, disse.
A secretária da Educação Cristiana também alertou para questão do reconhecimento de origens e o que a mesma chamou de pertencimento. “Aqui teremos uma grande oportunidade de saber o que é ser negro. Conhecer a nossa história, a nossa ancestralidade. O desconhecimento nos leva a desvalorização. E, agora estamos tendo a oportunidade de conhecer a força que o continente africano tem, que essa cultura tem e consequentemente que nós negros temos”, declarou.
Após as apresentações e declarações na mesa de abertura formou-se a mesa debatadora formada pela professora Ivete Sacramento e pelo professor Hélio Santos, tendo como mediador o secretário da Fazenda de São Francisco do Conde, Marivaldo do Amaral. Os temas de debate foram “Brasil, Desafios Administrativos e Políticos na implementação da Lei 10.639 no ensino público e privado” e “Pan-africanismo”.
Ao iniciar a apresentação, o professor Hélio chamou atenção para o fato da valorização do negro e sua cultura e da importância de desmistificar padrões de beleza e inteligência incutidos na sociedade brasileira. “Precisamos entender a questão do pertencimento e entender que nós negros somos sim bonitos e inteligentes. A gente pode ser o que a gente quiser, as oportunidades não são iguais, nós temos que buscá-las. E a gente só conquista certas coisas se formos em busca”, disse.
Já professora Ivete destacou o público do evento e disse que gosta de falar para os jovens, pois eles são o futuro da nação. Célia, que foi responsável pela implantação da política de cotas da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), quando fora reitora da instituição, proferiu uma palestra emocionada sobre as dificuldades encontradas pelos negros no Brasil e pelas conquistas já alcançadas. “Vocês são inteligentes e com todo compromisso que este município tem com vocês falta apenas que correspondam para acabar com o racismo. O papel de vocês é estudar, é aproveitar a oportunidade que está sendo dada a vocês. Porque muitos jovens no nosso país não têm nem o direito que vocês estão tendo de estudar”, ressaltou.
A palestra foi a atividade de abertura da Semana de homenagem ao Dia da África. No dia 24 de maio haverá cadastramento do CadÚnico para pessoas de comunidades de terreiro e quilombolas, no horário das 09 às 17 horas. E, para finalizar as atividades, no dia 25 de maio será realizada uma festa de integração dos estudantes do curso EAD da UNILAB, as 17h30.
Entenda o 25 de maio:
Em 25 de maio de 1963, alguns líderes africanos se reuniram em Adis Abeba (Etiópia) contra a subordinação que o continente africano sofria há séculos e criaram a Organização da Unidade Africana (OUA), que hoje é conhecida como União Africana (UA). A Organização das Nações Unidas (ONU), consciente da importância desse encontro, instituiu em 1972 o dia 25 de Maio como Dia da África. A data passou então a ser conhecida como símbolo da luta e combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação e à superação de todas as formas de desigualdade social.

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