sábado, 24 de agosto de 2013

Filho de Marcus Garvey visita Salvador para divulgar o Panafricanismo

Filho de Marcus Garvey visita Salvador para divulgar o Panafricanismo

Redação Correio Nagô - O legado de um dos responsáveis pela criação do Panafricanismo, o líder jamaicano Marcus Garvey, será apresentado em Salvador, na próxima sexta-feira (30), pelo seu herdeiro. O Dr. Julius Garvey, filho de Marcus, estará no auditório da Biblioteca Pública do Estado, nos Barris, às 14h, para destacar as ações realizadas pelo pai e que tiveram repercussão mundial.

Promovida pelo Instituto Mídia Étnica e a Instituição Rica Diáspora, dos Estados Unidos, a visita a Salvador tem como principal objetivo divulgar a memória do ativista por meio do seu filho que é presidente da Fundação Marcus Garvey.

A atividade marca ainda os 50 anos da União Africana, organização política do continente africano inspirada pelo ativismo de Garvey. O encontro gratuito, em parceria com o Instituto Steve Biko, contará com a participação de militantes do movimento negro estudantes e o público em geral.

Visita – O Dr. Julius Garvey chegará a Salvador na quinta-feira (29) e durante a tarde visitará a Sociedade Protetora dos Desvalidos, entidade negra centenária localizada no Pelourinho e a sede do Bloco Afro Olodum. Em seguida, fará uma saudação aos participantes da III Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial(Conepir).

Antes de chegar a Salvador para o encontro na Biblioteca, Julius terá visitado o  Rio de Janeiro, onde conhecerá comunidades negras, afrocircuitos (monumentos, escolas de samba) e depois dialogará com intelectuais negros em centros universitários onde, em conjunto, vão discutir rumos das relações negras internacionais para a diáspora com o foco na educação e no desenvolvimento econômico.

Julius W. Garvey é um cirurgião credenciado, especializado no diagnóstico e tratamento de doenças vasculares. Atuou em conselhos de várias organizações como o Conselho de Educação de Pessoas de Ascendência Africana, Fundação Zumbi, The Brotherhood, The Marcus Garvey Comitê International, Inc., o Read Across Fundação Jamaica, a Rede Internacional de Tecnologia Apropriada e é um Fellow do Instituto Científico Africano.

Ao longo dos anos, ele tem trabalhado em conjunto com vários ministérios e da University of the West Indies, em questões relativas à educação da juventude jamaicana, a construção de escolas, a transferência de livros e material médico e de um programa de intercâmbio de estudantes de medicina.

Ele também trabalhou com o Departamento de Correções do Estado de Nova York sobre a reabilitação de membros da população carcerária. Fundou uma escola na Jamaica e uma clínica médica no Senegal, reabilitou o Msuaoléu Kwame Nkrumah em Nkroful, Ghana, onde ele foi “coroado” como Nana Kwesi III do safohne. Foi recentemente nomeado Embaixador da Boa Vontade para o Senegal pelo então presidente do país Abdoulaye Wade.

Dr. Garvey viajou também em missões de ajuda humanitária para o Haiti após o terremoto e trabalha em estreita colaboração com a Associação de Médicos Haitianos no exterior.

Panafricanismo é um movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos direitos do povo africano e da unidade do continente africano no âmbito de um único Estado soberano, para todos os africanos, tanto na África como em diáspora.

A teoria panafricanista foi desenvolvida principalmente pelos africanos na diáspora americana descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas na África a partir de meados do século XX como William Edward Burghardt Du Bois e Marcus Mosiah Garvey, entre outros, foi posteriormente levados para a arena política por africanos como Kwame Nkrumah. No Brasil foi divulgada amplamente por Abdias Nascimento.

Biografia - Marcus Mosiah Garvey (1887 – 1940) foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano. É considerado um dos maiores militantes da história do movimento nacionalista negro mundial. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então. É lembrado ainda como o principal idealista do movimento de "volta para a África".
Ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros se voltassem politicamente para o continente africano e para que as potências coloniais europeias desocupassem o território negro. Marcus Garvey tornou-se conhecido mundialmente por meio das músicas de reagge e pela religião rastafari que o considera como um profeta. Músicos como Bob Marley e Burning Spears já referenciaram o líder em suas canções. Na jamaica, o líder alcançou o status de herói nacional.

Foto: Jamaica Observer

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Luiz Alberto Defende renegociação de divida com Paises africanos

Luiz Alberto rebate PSDB e defende renegociação de dívida com países africanos
Postado em 14/08/2013| 12:01

 
O deputado federal Luiz Alberto (PT/BA), coordenador da Frente Parlamentar pela Igualdade Racial, rebateu ontem críticas da oposição à renegociação, pelo governo Dilma Rousseff, de dívidas de países africanos com o Brasil, no valor de quase US$ 800 milhões.  “As críticas do PSDB não têm fundamento e baseiam-se em preconceitos, ignorando a realidade atual da África e os benefícios que a renegociação traz ao Brasil, com a ampliação de nossas exportações ao mercado africano”, disse o parlamentar.
Luiz 6Segundo ele, os números mostram que a renegociação e perdão de dívidas têm rendido frutos para empresas do País, abrindo caminho para venda de produtos e serviços brasileiros que superam em mais de vinte vezes os valores perdoados. “Os tucanos têm uma visão preconceituosa e ignoram também que, durante o governo Fernando Henrique (1995-2002), dividas foram renegociadas com a África.” Em julho de 2000, por exemplo, durante visita a Maputo, FHC anunciou o perdão de 95% da dívida externa de Moçambique, o que resultou num impacto de US$ 315 milhões na dívida interna brasileira.
A diferença, conforme Luiz Alberto, é que a realidade africana de hoje é totalmente diferente. “Atualmente, os países africanos, em geral, têm um boom econômico e seguem padrões de governança estabelecidos pelas Nações Unidas, com transparência e compromissos democráticos”, disse. Acrescentou que o momento é totalmente diferente dos anos 70 e 80, quando contraíram dívidas, já que as contas públicas e condições de crescimento e desenvolvimento são outras.
Identidade - Luiz Alberto sublinhou que durante os dois primeiros mandatos de Lula (2003-2010) e agora com o governo Dilma, o Brasil estreitou seus vínculos com a África. “Há uma grande identidade e temos plenas condições de ampliar a cooperação e os negócios com o Continente africano”, disse.
O parlamentar  reconheceu que o Brasil está atrasado: a China detém 42% dos investimentos na África, a União Europeia ao redor de 22% e o Brasil apenas 1%. “A renegociação da dívida, junto com outras iniciativas, permite intensificar a presença brasileira na África”, disse.
Os resultados da renegociação são concretos, conforme levantamento feito pela Folha de S. Paulo citado pelo parlamentar. É o caso do Senegal, por exemplo, que, em março, teve descontados US$ 3 milhões dos US$ 6,5 milhões (R$ 14,8 mi) devidos ao Brasil. No mês seguinte, o governo do país comprou três aviões Super Tucano, da Embraer, e dois navios-patrulha, da Emgepron (vinculada ao Ministério da Defesa). As duas compras envolverão um financiamento de US$ 120 milhões (R$ 273 mi) do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) –sendo US$ 67 milhões para os aviões e US$ 53 milhões para os navios.
A concessão de financiamentos pelo BNDES só foi possível com a renegociação.  Segundo o Itamaraty, a ação “não é um voluntarismo brasileiro”, mas uma prática para impedir que o peso da dívida “se transforme em impedimento do crescimento econômico e da superação da pobreza” desses países.  A mesma prática foi adotada por outros países, para impulsionar os negócios.
O processo de renegociação e perdão, conforme lembrou Luiz Alberto, despertou reações iradas da oposição e de setores da mídia, como se o Brasil fosse o único país do mundo a ter tal iniciativa. Essa ação, longe de ser uma decisão unilateral e isolada, na realidade representa uma adesão do Brasil a um movimento internacional, já bastante consolidado, de perdão e renegociação das dívidas de países pobres altamente endividados.
Acompanhe pronunciamento do deputado Luiz Alberto na íntegra, na sessão ordinária da última quarta-feira, 14 de agosto, na Câmara dos Deputados:
Quero aqui fazer alguns esclarecimentos em função dos ataques que alguns membros da Oposição, no Congresso Nacional, principalmente, no Senado, têm feito à Presidente Dilma Rousseff, quando ela recentemente anunciou o perdão da dívida de alguns países africanos, de cerca de 897 milhões. Isso suscitou um festival de desinformações da Oposição, repercutindo na imprensa conservadora deste País. 
Sem fazer qualquer pesquisa básica sobre o assunto, alguns formadores de opinião divagaram, de forma irresponsável, sobre a decisão absurda — segundo eles —do Governo brasileiro. Eles imaginavam que a iniciativa brasileira de perdoar a dívida de alguns países africanos fosse apenas motivada pelo desejo de favorecer, segundo eles, as empreiteiras, que têm interesse na África, de olho nas eleições de 2014. 
Com essa atitude, o Brasil beneficiaria também algumas ditaduras africanas, como eles diziam. É evidente que alguns desses senhores que criticaram a Presidente Dilma Rousseff, que dizem que estão ajudando ditaduras africanas, foram os mesmos que apoiaram a ditadura militar durante longo período aqui no Brasil. 
A iniciativa brasileira, longe de ser uma decisão exclusiva e unilateral do Governo do nosso País, representa um movimento internacional do qual o Brasil participou e participa e foi lançado pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, organismos que não têm nada de avançado, de perfis conservadores. Esse movimento ocorre desde 1996.
É bom lembrar que, em julho de 2000, durante a visita a Maputo, o Presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou o perdão de 95% da dívida externa de Moçambique, cerca de 315 milhões, o que impactou a dívida interna brasileira. Na ocasião, Fernando Henrique anunciou também o repasse de 1,5 bilhão para várias ações de cooperação no continente.
É bom recordar que o acordo feito por FHC, em 2000, só foi efetivado e concluído em 31 de agosto de 2004, no Governo do Presidente Lula, por ocasião da visita do Presidente moçambicano Joaquim Chissano.
Portanto, é o esclarecimento que faço, porque os Senadores de Oposição, principalmente os do PSDB, vêm atacando a Presidenta, que vem desenvolvendo uma política muito importante junto com vários países, para, com o perdão da dívida desses países empobrecidos da África, em função de políticas colonialistas nos séculos XIX e XX, ajudar esses povos.
Quero parabenizar esta Casa pelo acordo que foi concluído para votarmos os royalties do petróleo para a educação, quando a Presidente Dilma Rousseff levantou esse debate num primeiro momento e esta Casa estabeleceu que 75% dos royalties do petróleo e 25% respectivamente irão para a educação e para a saúde do nosso País.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Diálogo sobre o Plano Juventude Viva na Bahia.

A Articulação do Plano Juventude Viva na Bahia, e o Conselho de Desenvolvimento da Comunidade do Estado da Bahia – CDCN, convida representantes de organizações da sociedade civil (movimentos negros e juvenis) para uma roda de conversa onde o Plano Juventude Viva estará em pauta. O Diálogo sobre o Plano Juventude Viva na Bahia, acontece neste domingo, 18 de agosto, às 13h, no auditório do CDCN, Rua Ribeiro Santos, 42, Pelourinho, Salvador.
Os homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino. Na Bahia, dos 3.786 casos de homicídios registrados em 2010, nos 19 municípios com maiores índices absolutos de morte por agressão, quase 67% foram de jovens (15 a 29 anos), e desses mais de 90% foram de jovens negros (pretos e pardos).
No intuito de dar uma resposta a essa problemática, o Governo Federal construiu de forma participativa com a sociedade civil organizada, o Plano Juventude Viva, um Plano Nacional de Prevenção à violência contra a Juventude Negra.
O Plano Juventude Viva é um desafio do Governo Federal sob a coordenação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR e da Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude - SNJ, e é fruto de uma intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, principais vítimas de homicídio no Brasil.
Construído por meio de um processo amplamente participativo, o Plano reúne ações de prevenção que visam a reduzir a vulnerabilidade dos jovens a situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia; da oferta de equipamentos, serviços públicos e espaços de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio; e do aprimoramento da atuação do Estado por meio do enfrentamento ao racismo institucional e da sensibilização de agentes públicos para o problema.
O Plano Juventude Viva constitui uma oportunidade histórica para enfrentar a violência, problematizando a sua banalização e a necessidade de promoção dos direitos da juventude. Além das ações voltadas para o fortalecimento da trajetória dos jovens e transformação dos territórios, o Plano busca promover os valores da igualdade e da não discriminação, o enfrentamento ao racismo e ao preconceito geracional, que contribuem com os altos índices de mortalidade da juventude negra brasileira. Trata-se de um esforço inédito do conjunto das instituições do Estado para reconhecer e enfrentar a violência, somando esforços com a sociedade civil para a sua superação.

SERVIÇO:
O que: Diálogo sobre o Plano Juventude Viva na Bahia.
Quando: 18 de agosto de 2013 (domingo), às 13h.
Onde: Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra – CDCN, Rua, Ribeiro Santos, 42, Pelourinho, Salvador-Ba.
Horário: 13h

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Trabalhadores da Telexfree sai em passeata protestando contra decisão da Justiça

05/08/2013 14h53 - Atualizado em 05/08/2013 14h58

Protesto complica trânsito no aeroporto e passageiro segue a pé

Manifestação ocorreu em Salvador nesta segunda-feira (5).
Movimento para pedir volta das atividades da empresa Telexfree.

Do G1 BA
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protesto telexfree na bahia (Foto: Imagens / TV Bahia)Passageiro desce na entrada do aeroporto e segue
a pé até o saguão de embarque
(Foto: Imagens / TV Bahia)
Um protesto de divulgadores da empresa Telexfree deixou o trânsito complicado na entrada do aeroporto de Salvador, no bairro de São Cristovão, no início da tarde desta segunda-feira (5), de acordo com informações da Transalvador. Alguns passageiros que seguiam para o aeroporto desceram do carro e caminharam a pé até o saguão de embarque.
Segundo o órgão de trânsito, os manifestantes atrapalharam a passagem de veículos no local conhecido com bambuzal, que dá acesso ao aeroporto Intenacional Luís Eduardo Magalhães. O protesto começou a influenciar no trânsito por volta das 13h50. No entanto, integrantes do grupo que protesta dizem que começaram uma passeata na Avenida Paralela até o aeroporto por volta das 11h, sem interromper o tráfego de veículos.
O divulgador da Telexfree Abraão Macedo, afirma que o protesto é para pedir o retorno das atividades da empresa, que estão suspensas em todo país por ordem judicial. A Telexfree é alvo de investigação do Ministério Público. "O protesto é a favor das atividades da Telexfree. Escolhemos a Paralela porque houve uma organização no país inteiro para chamar a atenção das autoridades, queremos que a empresa volte a exercer suas atividades. A empresa não nos lesou, não tem nada que nos desabone, é uma empresa que cumpre suas obrigações, é uma empresa legal, moral e honesta", diz.
Por volta das 14h30, o divulgador disse ao G1 que os manifestantes estavam no aeroporto e se preparam para dispersar, encerrando o protesto.
Nesta segunda-feira, a Transalvador registrou 3 acidentes com 2 feridos.
protesto telexfree na bahia (Foto: Imagens / TV Bahia)Protesto acontece na entrada do aeroporto de Salvador (Foto: Imagens / TV Bahia)

INSTITUTO MÃO AMIGA CONCLUI CURSO DE FORMAÇÃO DE LIDERES AFRODESCENDENTE EM DIREITO INTERENACIONAL

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Departamento de Direito Internacional > OEA

Afrodescendentes - Agosto 2013

Conclui-se a décima terceira edição da Oficina de Formação de Líderes Afrodescendentes nas Américas


De 29 a 31 de julho foi realizado o Primeiro Curso de Formação de Líderes Afrodescendentes do Brasil, na região Nordeste, Estado da Bahia. O evento foi organizado pelo Instituto de Ação Social e Cidadania Mão Amiga e contou com o apoio técnico do Departamento de Direito Internacional da OEA e os auspícios da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia, da Secretaria Municipal da Reparação de Salvador e Fundo Baobá para Equidade Racial.
Primeiro Curso de Formação de Líderes Afrodescendentes do Brasil, na região Nordeste
A abertura teve a presença do Senhor Ademir Santos, Presidente do Instituto de Ação Social e Cidadania Mão Amiga; do Doutor Dante Negro, Diretor do Departamento de Direito Internacional da OEA; do Doutor Almiro Sena, Secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia; do Doutor Elias Sampaio, Secretário de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia; da Professora Ivete Sacramento, Secretária Municipal da Reparação de Salvador; e da Professora Vilma Reis, Vice Presidenta do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado da Bahia.
Cerca de 50 líderes e observadores do Estado da Bahia, Brasil, e de outras cidades participaram. O objetivo da oficina foi proporcionar aos líderes afrodescendentes as ferramentas necessárias para o acesso ao Sistema Interamericano e para maior participação e influência nos órgãos políticos, especialmente no que diz respeito aos assuntos de interesse dessa comunidade.
O evento foi realizado no âmbito do Projeto de Formação de Líderes Afrodescendentes das Américas, implementado pelo Departamento de Direito Internacional. Em março de 2012, foi realizada a primeira oficina, na Cidade do Panamá, com o propósito de formar líderes que pudessem "multiplicar" o modelo e por sua vez formar outros líderes.
O evento realizado em Salvador, Bahia, a cidade com a maior população afrodescendente das Américas, consiste na décima terceira edição realizada no âmbito do projeto executado pelo Departamento de Direito Internacional, e espera-se que no futuro sejam realizadas outras edições com vistas a alcançar mais líderes afrodescendentes da região. As edições anteriores aconteceram na Colômbia, Nicarágua, Honduras, Equador e Brasil.
O Departamento de Direito Internacional vem trabalhando com a temática afrodescendente desde 2008, realizando diversos tipos de atividades a fim de dar maior visibilidade aos afrodescendentes no âmbito do Sistema Interamericano e possibilitar que participem mais efetivamente de suas iniciativas.
Cumpre lembrar que a Assembleia Geral da OEA adotou, por ocasião de seu último período ordinário de sessões, a resolução AG/RES. 2784 (XLIII-O/13), “Reconhecimento e promoção dos direitos dos afrodescendentes nas Américas", a qual, entre outros temas, reafirma a importância da plena participação, livre e em igualdade de condições, dos afrodescendentes em todos os aspectos da vida política, econômica, social e cultural nos países das Américas.
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